Cresce o número de pessoas que procuram orientação para investirem em novos negócios na Paraíba



Turistas são grande parte do número de interessados que foi contabilizado pelo atendimento do Sebrae em Janeiro



Entrando no cenário nacional como um ambiente favorável para investimentos, a capital paraibana vem atraindo cada vez mais interessados em abrir seu próprio negócio. Demonstrando esse interesse na cidade de João Pessoa, o Sebrae Paraíba, instituição que atua no segmento da prestação de orientações empresariais, registrou um aumento de 800% no volume de atendimentos só no primeiro mês de 2010 na agência da capital. As pessoas atendidas buscam informações sobre o mercado estadual principalmente oportunidades no ramo da prestação de serviços.



Outro dado relevante é que grande parte dos que procuraram a instituição eram turistas que vem para se hospedar em hotéis ou em casa de parentes e que segundo Governo do Estado a temporada já atraiu cerca de 100 mil turistas ao litoral. “Estamos no período do verão quando muita gente procura a cidade para curtir as férias. Muitos se encantam com a calma, as belezas e encaram João Pessoa como um bom lugar para se investir e viver. Alguns vieram pela primeira vez e nos procuraram, além de outros que já estão a algum tempo organizando a idéia de montar um negócio aqui e retornaram a cidade”, comenta Alexandro Teixeira, um dos responsáveis do atendimento do Sebrae.



Marcello Pierini viu em João Pessoa a oportunidade de ingressar no ramo de construção civil. O empreendedor paulista, juntamente com o sócio que reside na região Sul do país, estimam que até o meio do ano a empresa adquira os terrenos e inicie as atividades. “Realizamos uma pesquisa no mercado local e procuramos orientação do Sebrae Paraíba. Acreditamos que no fim deste ano estaremos estabelecidos com nossas famílias, em João Pessoa” afirma Marcello. Entre os fatores que interferiram na escolha por esta cidade, educação, segurança e condições propícias ao ramo de atuação foram determinantes. De acordo com Marcello “O que atraiu para esse Estado foi o aquecimento do mercado imobiliário aliado à qualidade de vida que a capital oferece” finaliza.



Para o economista Martinho Campos o boom na procura por orientação e escolha da cidade como pretensa sede para a formalização de um negócio tem explicações que acompanham uma tendência mundial. “Dos grandes investidores a aqueles que sonham em montar sua empresa de pequeno porte todos embarcam numa tendência mundial pela procura de pequenos locais para se investir. As cidades do interior, as capitais mais tranquilas que tem equipamentos necessários para tal desenvolvimento são a que atraem e João Pessoa se encaixa exatamente nesse perfil. Os grandes centros já estão saturados e as novas oportunidades estão mesmo por aqui”, explica Campos.



Campos ainda completa que com a valorização dos pequenos e micro negócios que vem acontecendo nos últimos anos através de legislações, queda no numero da mortalidade das empresas e incentivos fiscais também injeta uma dose de confiança em quem deseja se arriscar no mundo dos negócios. “A crise econômica do ano passado, que ocasionou um quebra-quebra nos grandes investidores, mostrou claramente ao mundo a importância dos pequenos. Existe um sentimento forte de que 2010 e a nova década será de crescimentos positivos, com expectativas que o Brasil chegue a ser a quarta ou quinta economia, e a Paraíba pertence ao Brasil”, conclui.



Além dos turistas, com a chegada do Empreendedor Individual na Paraíba estimada para a próxima segunda-feira, 08, outro público que incrementou os atendimentos no mês de janeiro foi aquele de pessoas autônomas (pipoqueiros, camelôs, manicures) que também vem buscando auxilio e informações para formalizarem seus negócios através do novo sistema. “Os demais são pessoas que vieram através de projetos de linha de crédito e quem já tem seu negócio, mas que atua ainda na informalidade”, acrescenta Alexandro.



Dos pretensos candidatos a empresário investidores na capital cerca de 70% revelaram o interesse em formalizar um negócio no ramo dos serviços, seguidos pelo setor de comércio (20%) e por último, com 10%, o de indústria. E para quem se interessou o economista dá a dica: “Eu aposto em negócios de serviços que ofereçam produtos de informática, bem estar e alimentação”.



O aumento na demanda por orientação empresarial refletiu também no número de atendimentos realizados pelo Call Center da Central de Relacionamento Sebrae. Em janeiro deste ano foram contabilizados 4.105 atendimentos o dobro do número registrado no mesmo período do ano passado.


Fonte:  Paraiba News
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