By The World

No ranking das 100 melhores cidades do Brasil para se fazer carreira no País, um levantamento feito pela Escola de Negócios (FUCAPE) e divulgado na última edição da Revista Você S/A, da editora Abril, se encontram onze cidades do Nordeste.

Todas as capitais figuram no ranking, sendo que Recife (PE) foi a mais bem colocada, ocupando a 11ª posição. Salvador (BA) veio logo atrás, na 16ª posição, e o ranking segue com Fortaleza (CE) na 20ª, Natal (RN) na 26ª, João Pessoa (PB) em 31º, São Luís (MA) com a 48ª posição, Aracaju (SE) logo atrás em 49ª, Teresina (PI) em 64º e, em seguida, Maceió (AL) em 65ª.

Completam o ranking outras duas cidades e únicas representantes do Nordeste que não são capitais: Campina Grande (PB), na 72ª posição e Mossoró (RN) em 91º.

De acordo com a revista, as oportunidades de emprego e carreira nunca estiveram tão pulverizadas. Em todas as regiões do Brasil há cidades em franca expansão. Nelas, as empresas estão criando novas vagas, recrutando gente e atraindo profissionais de outras partes do país.

Ainda assim, as capitais do Sudeste mantêm as melhores posições no ranking de 2010, com São Paulo em 1º lugar entre as melhores cidades para fazer carreira; Rio de Janeiro em 2º; Vitória em 4º; e Belo Horizonte em 6º.

O destaque da Região Nordeste é Recife, que aparece na 11ª posição do ranking geral. O boom do consumo, principalmente nas classes C e D, tem injetado dinheiro na economia local, o que impulsiona a expansão dos negócios da região bem como a abertura de novos empreendimentos.

Um exemplo é o Banco Gerador, fundado há pouco mais de um ano por três empresários pernambucanos. O banco tem como foco de atuação o cliente de baixa renda e as empresas que faturam até 10 milhões de reais por ano.

Salvador (16ª no ranking geral), Fortaleza (20ª) e São Luís (48ª) passam por um forte processo de expansão imobiliária, com espigões sendo erguidos por todos os lados. Os engenheiros estão altamente valorizados nessas capitais.

Na pesquisa anual, o estado de São Paulo, capital e interior, como o maior salário, que representa 100%. As demais cidades pagam daí para menos. Rio de Janeiro paga 93% da média salarial de São Paulo. Minas Gerais para 88% do salário paulista; Paraná, 89%; Santa Catarina, 83%; Rio Grande do Sul, 93%; Norte, 89%; Nordeste, 82%; e Centro-Oeste, 81%.

Os melhores salários estão nas capitais, porque é onde estão as melhores companhias e o mercado é mais competitivo. Os setores que melhor pagam são o de óleo e gás, mineração, automotivo, farmacêutico e, mais recentemente, o de construção civil. Recife e Salvador são as que se destacam, no Nordeste, nesse quesito. Elas aparecem juntas porque é onde estão as maiores empresas dessa região.

O Sudeste continua sendo o melhor pagador, mas outras regiões têm crescido nos últimos anos. Observamos em nossos estudos que as diferenças em relação a São Paulo têm diminuído. No Nordeste, por exemplo, a diferença era de 30% em relação ao salário de São Paulo. Hoje, é de somente 18%.

Isso porque há mais empresas em outros centros, como o polo petroquímico de Camaçari, próximo de Salvador. Ainda não é muito forte, mas existe, sim, essa tendência de desconcentração.